De Cage a Zappa: o ritmo como função expressiva – Amplificar

De Cage a Zappa: o ritmo como função expressiva

Resumo

Este artigo aborda a idéia de que o ritmo pode desempenhar um papel expressivo fundamental em certos tipos de música moderna, criando tensões e repousos estruturais de forma bastante similar à harmonia tonal no repertório tradicional. Após uma breve revisão histórica das origens do sistema métrico tradicional no Ocidente e da crescente ênfase estrutural colocada no ritmo e nas durações por compositores ocidentais no século XX, essa idéia será observada mais especificamente na obra de Frank Zappa, cujo conceito de dissonância rítmica representa uma abordagem original para a estrutura e forma musicais que independe das alturas. Serão analisados excertos de algumas das peças mais características de Zappa, concluindo com uma discussão da relação entre ritmo, forma e expressão.

This paper deals with the idea that rhythm can play a fundamental expressive role in certain types of modern music, working to create structural tensions and releases much in the same way that tonal harmony does in the traditional repertoire. Following a brief historical review of the origins of the conventional Western metric system and of the increasing structural emphasis placed on rhythm and durations by 20th-century Western composers, that idea will be observed more specifically in the work of Frank Zappa, whose concept of rhythmic dissonance represents an original approach to musical structure and form that is not dependant on pitch. Excerpts from some of Zappa’s most characteristic pieces will be examined, concluding with a discussion of the relationship between rhythm, form, and expression.

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