A organização temporal na fala e no canto: Estudo com foco na sincronização

Propomos trazer à baila uma contextualização mais ampla da teoria e passos metodológicos em estudos que relacionam fala e canto, com foco em estudo sobre sincronização. A razão dessa abordagem é a de buscar maior objetividade quando se aborda a relação entre esses dois fenômenos. Para isso expomos e relacionamos as ideias de ritmo e organização temporal e defendemos uma abordagem teórica dos sistemas dinâmicos para tais conceitos, tanto na fala como na música. O fenômeno da sincronização é eleito para comparações de organização temporal entre canto e fala. Em seguida propomos objetivar o ritmo do samba e defendemo-lo como ritmo complexo. Comparamos uma fala mais métrica com uma fala desprovida de métrica (parlenda e prosa). Comparamos dois diferentes ritmos da canção (samba e rock) e em seguida comparamos as versões cantadas com suas contrapartes faladas. Em cada caso indagamos se a qualidade rítmica facilitava a sincronização. A parlenda não se mostrou facilitadora da sincronização, ao passo que, no canto, o rock mostrou-se mais facilmente sincronizável que o samba.

The temporal organization in speech and singing: study focused on synchronization

We propose to bring up a broader contextualization of theory and methodological steps in studies that relate speech and singing, focusing on a synchronization study. The reason for this approach is to seek greater objectivity when discussing the relationship between these two phenomena. Thus we exposed and relate the ideas of rhythm and temporal organization and advocate a theoretical approach of dynamical systems for such concepts, both in speech and in singing. The phenomenon of synchronization is elected for comparisons of temporal organization between singing and speech. Then we propose objectify the rhythm of samba and we defend it as complex rhythm. We compare metrically strong nursery rhymes with non-metered prose. We compare singing in genres with two very different types of rhythm (samba and rock), and we compare sung and spoken versions of text. In each case, we ask whether the rhythmic qualities of the texts facilitate synchronization. The metrical structure of the nursery rhyme does not facilitate synchronization compared to prose, while the simple beat of rock music does help.