A complexidade da música na filosofia de Arthur Schopenhauer – Amplificar

A complexidade da música na filosofia de Arthur Schopenhauer

Resumo

A metafísica da Música do filósofo do século XIX, Arthur Schopenhauer, revela um possível modelo para uma atual interpretação complexa da arte dos sons. As concepções complementares que Schopenhauer oferece para o entendimento, criação e fruição musical são observadas aqui. Por outro lado, filósofos, sociólogos e outros pesquisadores de áreas afins têm atualmente criticado a possível predominância dos padrões constituintes da ciência tradicional, fundamentados na física, em todos os atuais campos do saber. No entendimento da Música, de modo geral, os mesmos padrões de conhecimento têm prevalecido em instituições acadêmicas, pelo menos desde a segunda metade do século XX. Sobre ele, também se encontra a visão científica tradicional como condutora dos estudos e mesmo da criação e fruição musical. A unilateralidade na concepção da Música, nesse sentido, é criticada nessa dissertação. As possibilidades abertas por Schopenhauer são passíveis de importância e resgate nesse âmbito, pois constituem em pensamento dialógico que vai ao encontro das atuais propostas relacionadas a um modo de pensamento que diz respeito à complexidade. O que essa dissertação efetivamente procura expor é, entre outras coisas, a proximidade entre as propostas atuais, focalizadas no âmbito da Música, e as idéias de Schopenhauer a respeito da arte dos sons. Em seus fundamentos, esse trabalho aponta para a necessidade de compreensão e para as possibilidades abertas por uma visão complexa da Música.

The metaphysics of the Music of the 19th-philosopher Arthur Schopenhauer discloses a possible model for the present time complex interpretation of the art of sounds. The complementary conceptions that Schopenhauer offers for the understanding, creation and musical enjoyment are observed here. On the other hand, philosophers, sociologists and researches from other fields have currently criticized the possible predominance of the constituent standards of traditional science based on Physics. In Music, it seems that, generally speaking, the same standards of knowledge have been prevalent in academic institutions, at least since the 1950's. Musical knowledge also reflects traditional scientific vision as conducting the studies and even music creation and enjoyment. The unilateral conception of Music, in this particular, is criticized in this dissertation. And the possibilities opened by Schopenhauer's ideas deserve to be rescued in this scope, for their dialogic content seem to be close to current theories which take “complexity” as fundamental for their dynamic proposals. In this sense, that which is effectively displayed here is, among other things, the proximity between those current proposals, focused in the scope of Music, and Schopenhauer's ideas regarding the art of sounds. Primarily, this work points to the possibilities which can be accessible by a point of view in which Music can be understood as a complex art.

As informações apresentadas acima usam a grafia do original.