Doce flauta doce: um estudo de caso sobre o papel do espetáculo didático em atividades de apreciação musical direcionadas ao público infantil – Amplificar

Doce flauta doce: um estudo de caso sobre o papel do espetáculo didático em atividades de apreciação musical direcionadas ao público infantil

Resumo

Esta pesquisa teve por objetivo explicitar o papel do espetáculo didático musical Doce Flauta Doce em atividades de apreciação musical do público infantil em ambiente escolar. Foi realizado um diagnóstico prévio do público infantil participante da pesquisa; analisou-se a influência desse espetáculo sobre o interesse das crianças em tocar um instrumento musical, bem como suas impressões e participações diante do espetáculo; e foram especuladas as possibilidades de aprendizagem musical decorrentes do espetáculo. No primeiro capítulo é apresentado o concerto didático como uma forma de ensino musical informal e exemplos de projetos estruturados envolvendo este tema. No capítulo seguinte apresentam-se reflexões de educadores musicais sobre a apreciação musical e sua função no ensino musical. A metodologia adotada foi estudo de caso, que incluiu duas apresentações do espetáculo didático musical Doce Flauta Doce, no ano de 2015, em uma escola pública do município de Curitiba. O instrumento de pesquisa adotado consiste em questionários com três categorias de público participantes desta experiência: as crianças, os professores e os músicos envolvidos, e, complementarmente, em desenhos elaborados pelas crianças após o espetáculo. Pôde-se concluir que as crianças, por meio do espetáculo, entraram em contato com a diversidade de instrumentos, puderam compará-los, analisá-los, e também conhecer como funcionam. Além disso, percebeu-se que quando solicitadas a participar da performance, o grau de engajamento e atenção aumenta consideravelmente. Com esta pesquisa constata-se que o espetáculo didático musical Doce Flauta Doce, por meio da apreciação musical ao vivo, propiciou a aproximação das crianças à música instrumental, com liberdade expressiva, despertando nelas a curiosidade pelo diferente (independente de seu gosto musical), e proporcionando autonomia para que pudessem realizar as suas próprias conexões entre o que viram e escutaram, e suas próprias experiências com a música.

This research aimed to explain the role of the didactic musical spectacle Doce Flauta Doce on music listening of children's audience in the school environment. First, it was made a previous diagnosis of the child audience participant of the research. Then, the influence of this spectacle on children's interest in playing a musical instrument was analyzed, as well as their impressions of the spectacle, and their participation in it. The possibilities of musical learning resulting from the spectacle were speculated. The first chapter presents the didactic concert as a form of informal music teaching and also some examples of structured projects involving this subject. The next chapter presents some reflections of music educators on music listening and their role in music teaching. The methodology used was case study, which included two performances of the didactic musical spectacle Doce Flauta Doce, in 2015, in a public school in the city of Curitiba. The research instrument adopted consisted of questionnaires applied to three categories of people that participated in this experience: children, teachers and musicians. Additionally, the research instrument consisted also of drawings produced by the children after the spectacle. It was possible to conclude that children, thanks to the spectacle, came into contact with the diversity of instruments, could compare them, analyze them, and also know how they work. Moreover, it was noticed that when asked to participate in the performance, the degree of engagement and attention has increased considerably. As a result of this research it appears that the didactic musical spectacle Doce Flauta Doce, through the live music listening, propitiated the approximation of children to the instrumental music, with expressive liberty, awakening in them the curiosity about the unknown (regardless of their musical tastes), and providing them autonomy to make their own connections between what they saw and listened and their own experience with music.

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