A música da mídia na mente: uma análise da recepção dos jingles e uma reflexão sobre o gosto musical contemporâneo
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Resumo
Este artigo apresenta os resultados da segunda parte de uma pesquisa iniciada em 2012, acerca da presença da mídia na paisagem sonora – conceito estabelecido por Murray Schafer (2011). Segundo o autor, a paisagem sonora muda com o tempo, mas deixa algumas impressões que se perpetuam, no pensamento das pessoas, independentemente de período ou local. Da mesma maneira, percebemos na paisagem sonora brasileira a presença de jingles que permanecem na mente das pessoas mesmo com o passar dos anos, e fazem parte não só do repertório musical do rádio e da televisão, mas da linguagem cotidiana, na reprodução de frases e expressões que divulgam ainda mais a mensagem comercial e trazem à tona a lembrança da mídia. Assim, a pesquisa realizada neste ano, além de abordar a recepção das “canções da mídia” (VALENTE, 2004) em análise comparativa dos anos de 2012 e 2013, buscou ampliar as investigações no campo dessas músicas compostas especialmente para fins de divulgação de um produto, ou seja, os jingles - que se fixam na memória, mais do que as imagens a eles associadas (BAITELLO JR., 1997). A pesquisa também aprofundou as reflexões acerca do gosto musical, que é algo individual e nos revela muito sobre aspectos psicológicos do ouvinte-receptor. Partimos do uso de novas tecnologias, como questionários online, enviados através de redes sociais e e-mails com várias perguntas conceituais e pessoais. Com a análise destas respostas, chegamos a conclusões semelhantes às expostas por Schaffer em todas as suas análises, enfatizando a realidade brasileira e considerando que muitas pessoas se alimentam da música da mídia às vezes sem total percepção.
As informações apresentadas acima usam a grafia do original.