A memória como condicionante do sentido musical na improvisação – Amplificar

A memória como condicionante do sentido musical na improvisação

Resumo

Que decisões são tomadas por um solista no ato da improvisação? Existe o cuidado em se construir um solo coerente, que faça sentido? Partindo da hipótese de que de fato há essa preocupação por parte dos solistas improvisadores, que recursos seriam utilizados por estes para atingir tal objetivo? Alguns autores defendem que o uso de motivos como recorrências no decorrer do discurso musical acabam gerando um análogo musical do conceito de nível básico de categorização da psicologia cognitiva, e assim se obtém a coerência e o sentido musical. Partindo então deste princípio, discuto, no presente trabalho como resultado inicial de uma pesquisa mais ampla em andamento, o papel das funções da memória como condicionante daquilo que é tocado pelo improvisador no ato da performance, e proponho hipóteses sobre as relações entre a memória e o sentido musical na improvisação jazzística.

The memory as a conditioning factor of musical meaning on improvisation

What are the decisions a soloist make on the course of an improvisation? Is the soloist concerned about improvising a coherent solo, one that makes sense? Assuming that the improviser is concerned about musical meaning, what would be his or her resources for accomplishing that goal? Some authors advocate the use of motives recurring along the musical discourse as an analog for the cognitive psychology’s concept of basic level of categorization, thus spawning coherence and musical meaning. From this point of view, and as an initial result of an ongoing wider research, I here discuss the role of the processes of memory as conditioning of what an improviser decides to play in real time on an improvisation, and I propose a hypothesis on the relations between memory and musical meaning on jazz improvisation.

As informações apresentadas acima usam a grafia do original.