A Musicoterapia na preservação da memória de idosos institucionalizados – Amplificar

A Musicoterapia na preservação da memória de idosos institucionalizados

Resumo

No processo de envelhecimento, os sujeitos sofrem diversas transformações físicas, mentais e psicológicas, além das implicações da repercussão social diante da velhice. O aumento da população idosa está evidenciado por estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU). Frente a este inevitável aumento da população idosa, torna-se necessário associá-lo à manutenção/melhoria da qualidade de vida, principalmente considerando os idosos que vivem institucionalizados. A Musicoterapia pode atuar como uma das modalidades de tratamento para o indivíduo idoso, visando a reabilitação e/ou preservação de suas funções cognitivas. Este estudo, de metodologia quali-quantitativa, tem como principal objetivo investigar a contribuição da Musicoterapia para a preservação da memória de pessoas idosas institucionalizadas. Realizou-se uma pesquisa experimental em uma instituição asilar de Goiânia, com um grupo fechado composto por seis idosos, com idades entre 65 e 75 anos. As intervenções musicoterapêuticas foram aplicadas por um período de quatro meses, totalizando dezesseis sessões de sessenta minutos cada, sendo uma vez por semana. Antes e depois das intervenções foi aplicado o teste MINIMENTAL (Mini Exame do Estado Mental). Durante as intervenções estabeleceram-se categorias que avaliaram a memória durante todo o processo através do Protocolo de Observação de Aspectos Relativos à Memória e Interação dos Idosos elaborado pelas autoras do trabalho. Foi possível observar, através da aplicação do MINIMENTAL, que houve melhora na memória de evocação, escrita, desenho e cálculo, enquanto as outras funções foram preservadas. A Musicoterapia viabilizou a preservação das funções cognitivas, especialmente na memória de longo prazo, semântica e episódica. Tendo em vista os resultados satisfatórios obtidos nesta pesquisa, acredita-se no tratamento musicoterapêutico como intervenção que preserva a memória interferindo assim positivamente na qualidade de vida dos idosos institucionalizados.

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