“Oriente”, de Gilberto Gil: contracultura, dualidade e anomia – Amplificar

“Oriente”, de Gilberto Gil: contracultura, dualidade e anomia

Resumo

Neste trabalho, analiso a canção “Oriente”, criada por Gilberto Gil em 1971 e gravada no LP Expresso 2222 (Polygram/Philips, 1972). Os versos, autorreferentes, captam o clima contracultural vivenciado pelo compositor durante o exílio na Europa, além de insinuar seu desejo de voltar ao Brasil. Letra e música reforçam a dualidade presente no título da canção. Os contrários, ainda que complementares, não desembocam numa síntese. Instável, “Oriente” focaliza o “indivíduo” e traduz certo estado de anomia alavancado pela ditadura militar.

“Oriente”, by Gilberto Gil: Counterculture, Duality and Anomie

In this paper, I analyze the song “Oriente”, composed by Gilberto Gil in 1971 and recorded in the long-playing Expresso 2222 (Polygram/Philips, 1972). The verses, self-referential, capture the countercultural climate experienced by the composer in exile in Europe, and insinuate his desire to return to Brazil. Music and lyrics reinforce the duality present in the title of the song. The opposites, although complementary, not culminate in a synthesis. Unstable, “Oriente” focuses on the “subject” and translates certain state of anomie leveraged by the military dictatorship.

As informações apresentadas acima usam a grafia do original.